(Sl.103.7)
Por Marcio Gonçalves
1. Existem apenas duas formas de sermos salvos, sermos aceitos por Deus e viver a vida.
Sermos perfeitos ou sermos honesto.
2. Devemos buscar a perfeição, mas acima de tudo reconhecermos que somos imperfeitos.
3. Quando agimos como se não fossemos pecadores, maquiamos nossa real natureza. Deus
não pode nos conhecer assim.
4. Para que Ele possa nos conhecer, precisamos tirar a máscara da hipocrisia e clamar por
misericórdia. Pois nunca clamaremos por real misericórdia enquanto não nos sentimos
realmente miseráveis.
5. Por isso, ainda que façamos qualquer coisa como curar enfermos, expulsar demônios,
pregar, ensinar, ajudar, A resposta de Jesus a nós ainda será: “Eu nunca vos conhecei”.
6. Precisamos apresentar o nosso verdadeiro eu a Jesus para que ele possa conhecê-lo.
7. Acho que tememos que Jesus rejeite nosso verdadeiro eu. Mas isso de novo é um erro.
Erro de não acreditarmos que Jesus nos aceita por graça somente.
8. Esta é a verdade mais difícil de aceitar e crer. Como não cremos na graça real, tentamos
então nos parecer perfeitos para sermos aceitos por Deus.
9. Este é nosso grande problema. Veja o que ele causa. Não nos ajuda ser perfeitos e nos
impede de sermos honesto. E nos torna estranho a Deus.
10. Isso mostra que não basta fazermos coisas para Deus. Isso não nos fará aceitos por Ele.
11. Quando somos honestos com Deus, só podemos contar com sua misericórdia. Mas a
imperfeição é algo da qual não podemos fugir. Deus sabe disso. (Ele sabe do que somos
feitos). Mas a desonestidade podemos sim evitar. Se Deus já sabe de nossa condição
imperfeita, a única coisa que ele esperar de nós é honestidade e confiança em sua
misericórdia. Quando maquiamos nosso eu em que estamos confiando? Ou ainda. De
quem estamos desconfiando? Como acreditamos que agradaremos a Deus desse jeito?!
12. É isso que significa a palavra: “Deus habita num coração contrito e quebrantado”. Mas o
soberbo Deus conhece de longe”. Ou seja. Não conhece.
13. Não cremos que Deus seja tão bom a ponto de aceitar quem realmente somos. Mas
acredite. Isso nos afasta de Deus e nos faz estranho a ele. A confiança que usamos para
sermos aceitos por Deus é a pessoa de Jesus. Se Cristo não é a base e certeza da nossa
aceitação a Deus, então Cristo é um estranho para nós. Ele não pode senão dizer: eu nunca
vos conheci. Jesus nunca foi “visto” e experimentado pelo nosso coração como o
verdadeiro e único meio de sermos aceitos por Deus. Não sei na verdade para que Cristo
foi usado.
14. Precisamos escolher o caminho da honestidade. Deus quer isso e ficará satisfeito conosco.
Ele será alguém próximo. Íntimo.
15. Uma coisa que aprendi é que isso influencia nossa relação também com as pessoas para
quem ministramos. Quando um ministro transmite uma imagem de perfeição, no sentido
de que se apavora em mostrar suas falhas, será alguém sempre muito distante de sua
congregação. O ministro sabe que é imperfeito. Que comete muitas falhas. E acredita que
ser esta pessoa for apresentada a congregação, eles se afastaram dele, pois o verão com
alguém de pouco espiritualidade. Mas será que espiritualidade é ausência de falhas? Se
assim for, ninguém nunca alcançou espiritualidade. Acredito que espiritualidade é soma de
duas coisas: honestidade e confiança. Acho que a maioria das nossas ovelhas não estão
esperando de nós perfeição e sim honestidade. Assim quero falar de dois resultados
negativos da congregação quando um pastor tem medo de mostrar quem realmente é.
Noutras palavras. Ser honesto.
16. 1º. Ficará sobre a enorme e constante missão de exigir perfeição de todos, sendo
implacável nas suas exigências e inflexível com as atitudes erradas.
17. Este pastor será uma pessoa muito distante de sua congregação. Quando o pastor passa
uma imagem de perfeição, seus membros sempre o verão como alguém totalmente
diferente deles, que são imperfeitos. Eles pensarão. Eu olho para a vida que este pastor
apresenta e olho para a minha verdadeira vida e sei que nunca vou ter uma vida como a de
um pastor como este. O que isso fará. Uma congregação distante.
18. 2º. Ele transformará sua igreja em pessoas segundo a sua espécie. E isso se virará contra
ele quando cometer algum erro. Não haverá misericórdia alguma no povo com relação e
este pastor.
19. Será que podemos esperar que nossa igreja olhe para nós e nos aceite como Deus nos
aceita? A resposta imediata será não. Porém este não tem culpa nossa. Nós ensinamos as
pessoas a aceitar os outros pelos seus méritos. Mas veja bem o que devemos ensinar. SE
DEUS É PERFEITO E AMA E ACEITA A TODOS NÓS MESMO SABENDO QUE NÃO SOMOS
PERFEITOS, COMO NÓS QUE SOMOS TODOS IMPERFEITOS, NÃO AMAMOS E NEM
ACEITAMOS AQUELES QUE TAMBÉM NÃO SÃO?
20. Todo mundo escolhe a desonestidade e seguem um caminho (não o de viver, mas o de
fingir) que falsa perfeição.
21. Não aceitamos as pessoas como Deus as aceita, mas sim como achamos que Deus as
aceita.
22. Quando mantemos uma relação com a igreja de honestidade e abertura, acredite. As
pessoas estarão mais perto de nós. E por incrível que parece, serão muito mais
influenciados pela nossa santidade.
