PENSE

SINAIS DE REGENERAÇÃO


ANÁLIZE DE MATEUS. 7.20 - POR MARCIO GONÇALVES

Quando um bebê nasce, os médicos dão uma palmadinha no seu bumbum para que eles possam dar seu sinal de vida. 
Qual é o sinal de vida daquele que nasceu de novo? Como podemos nos certificar de um novo nascimento? Quais são os sinais de regeneração? 

Esta é uma pergunta extremamente relevante, pois Jesus falou que aquele que não nascer de novo, não entrará no Reino de Deus. Ou seja. Podemos estar vivos mas mortos. E o que é pior. Não nos darmos conta disso. Por isso quero examinar com você este tema através das palavras de Jesus, para que tenhas fé sobre ti mesmo, se estás vivo ou morto.




“Senhor em teu nome não expulsamos demônios?”

Nem mesmo eles entenderam como não são salvos havendo feito tantas proezas em nome de Jesus. Mas e revelação da verdade serve para provar quão louco é aquele que passa sua vida confiando nestas coisas.

Poder sobre os demônios foram dadas a Judas, Aos setentas, Aos exorcistas judeus e aos sete filhos de Ceva.   

E em teu nome não expulsamos demônios? Atos 19:13,14. Uma consideração é terrível, que os homens devem ser capazes de expulsar demônios, e, finalmente, ser convertido para o diabo.
“...E em teu nome não fizemos muitos milagres?”
Ou seja, muitos milagres, não um, ou alguns apenas, mas muitos, como falar em línguas, removendo montanhas, pisando em serpentes e escorpiões, e beber alguma coisa mortífera, sem machucar, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Judas, por exemplo, era capaz de invocar todas estas coisas, ele tinha o dom da pregação, e um convite de Cristo a ela, ele tinha o poder de expulsar demônios, e ainda assim não poderia impedir o demônio entrando nele, ele podia fazer milagres, fazer maravilhas em nome de Cristo, e ainda, no passado, foi o traidor de si.

Estes fundamentos e argumentos serão de nenhuma utilidade para ele, nem de qualquer proveito para qualquer no grande dia.

Você pode observar, que estes homens estavam depositando a segurança da salvação deles sobre o que eles têm feito em nome de Cristo, e não no próprio Cristo fez por eles? Eles não dizem que uma sílaba do que Cristo tem fez e sofreu, mas apenas do que eles têm feito. As obras que fiz foram de natureza extraordinária.
1.     Reconhecer uma árvore por seus frutos é o mesmo que reconhecer os sinais de regeneração.
Mt.7.15 “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. 16 Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?

A boa ceifa de uma árvore determina a qualidade de seus frutos. A vida espiritual dentro do crente determinará evidencias da regeneração.

17 Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins.

É impossível um regenerado não apresentar sinais de regeneração como é impossível um irregenerado apresentar sinais de regeneração. Por estas palavras aprendemos ser impossível haver na vida de um não regenerado sinais de regeneração. Assim tais sinais são coisas que nunca encontraremos naquele que ainda não foi regenerado. Os sinais de irregeneração, sejam eles quais forem nunca serão encontrados na vida de um regenerado.  

18 A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons.

Precisamos entender que frutos são estes na analogia de Cristo para sabermos quais são os sinais de regeneração. Mas será certo que aquele que e regenerado os terá e o que não tem não é.

Há um destino claro para os não regenerados, que é o sofrimento eterno.

19 Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo.

Jesus diz que “nós” conheceremos os que não são regenerados.

20 Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!

Mas o contrário não é verdadeiro. Os que não são regenerados não podem saber de sua própria situação, senão quando nascem de novo.

21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus...”
Mesmo os que passam a vida toda chamando Jesus de Senhor não apresentam evidencia de que são regenerados. Muito parece que a declaração de que Jesus é Senhor é meramente verbal. Ele não o é em seus corações e vidas. Assim podemos daqui tirar um primeiro sinal de regeneração:
CONHECEM JESUS COMO SENHOR
Uma convicção inequívoca na alma de que Jesus é o Senhor não só do universo mas também de toda sua vida. Como consequência disto vivem para fazer a vontade de Deus. Esta vontade não é uma alternativa, mas algo inevitável e desejável. Sua angústia é quando esta vontade não é realizada, seja na vida dos outros ou em sua própria vida. Não Há alívio no coração quando não faz a vontade de Deus ele mesmo, mas tristeza em si mesmo como se a própria vontade fosse violada.
Há uma irreconciliável diferença entre chamar Jesus de Senhor e tê-lo como Senhor de sua vida.

APLICAÇÃOVOCÊ OBSERVA E PODE DIZER DE TI MESMO QUE JESUS É SENHOR EM TUA VIDA? PORQUE?

É importante ressaltar que:
Não é ter o desejo de que Cristo seja Senhor de sua vida. É ter Cristo como Senhor da sua vida. Ele o é e você deseja e se satisfaz nisso.
Se disséssemos para qualquer um que para ele ser salvo deveria ter Jesus como Senhor de suas vidas, todos por um instinto de preservação desejariam tê-lo como Senhor de sua vida. É como um rei dizer: Para você não morrer deve ser meu servo. Todos desejariam serví-lo, mas não por que amam o rei e sim por que amam a si mesmos.

 Assim, embora possa parecer, você não toma a decisão de ter Jesus como Senhor da sua vida. Ele é que conquista teu coração e você o amam tanto que não consegue se vê sem servi-lo por toda eternidade. Sua satisfação está nisso e não ter seria tormento.
Deus influencia sua vontade a ter Jesus como Senhor. Você sabe que não é forçado a isso, mas também não consegue evitar o contrário. Há uma atração bendita, nunca opressão. Sua vontade não é violada e sim conquistada e conformada a de Deus. A vontade de Deus age sobre a sua pelo Espírito não aniquilando-a mas fazendo com que seja semelhante a de Deus.  Assim Deus te atrai e você vai porque deseja ir.    Quando você nasce de novo, Jesus é SENHOR em sua vida!

 21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Os não regenerados viveram confiando naquilo que fizeram para o Senhor ao invés de confiarem naquilo que o Senhor fez por eles.
APLICANDO – EM GERAL NO QUE SEU CORAÇÃO SE SUSTENTA PARA TER CERTEZA DE QUE IRÁS PARA A GLÓRIA?

Veja a diferença dos regenerados quando o Senhor voltar:
2 Ts 1:10  “quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)”.
Há duas maravilhosas promessas neste texto. 1º. Cristo será glorificado em nós. 2º. Cristo será admirado por nós. É isso que você vê naqueles que são citados em Mt.7. 22? Porquê?
As duas coisas aconteceram simultânea e consequentemente. Ou seja. Cristo será glorificado em nós exatamente por estarmos totalmente deleitosos Nele.
Imagine se Cristo voltasse e nós o recebêssemos cheios de medo e pavor. Que glória receberia um Senhor assim? Alguém tão desprezível e apavorante. Não. Isso não glorificaria o Amado. E conforme vemos comparando Mt.7.22 com 2Ts.1.10 os irregenerados nem se admiraram a Cristo e nem Cristo, por isso mesmo, será glorificado neles desta forma.
Tudo isso é para chegarmos a conclusão que há um relacionamento entre aqueles que nasceram de novo que não existe naqueles que ainda estão mortos espiritualmente.  
Daqui tiramos o segundo sinal de um regenerado:
SÃO CONHECIDAS PELO SENHOR JESUS

  
Eles não conhecem Jesus de ouvir falar ou de ler sobre Ele, ou ouvir sermões a seu respeito por toda a vida. Nem mesmo por estudar tudo o que diz respeito a Jesus. Eles conhecem Jesus pessoal e intimamente. Jesus é alguém pessoal para ele. O mais pessoal de todas as pessoas que conhece na vida. Mas são igualmente conhecidas por Jesus. Jesus não para eles é aquele que foi para longe preparar um lugar e só depois de muito tempo voltou para levá-los. Jesus sempre esteve pessoalmente presente em suas vidas pelo Seu Espírito1.
22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’
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(1) Não estou negando João 14.1-4 onde Cristo promete ir preparar um lugar mas deixar conosco um outro consolador, e que voltaria para nos buscar quando estivesse tudo preparado. O que estou querendo enfatizar é exatamente o que Jesus diz: “Não vos deixarei órfãos. Enviarei outro consolador”. Ele não nos abandonou. Embora não esteja fisicamente presente, está intimamente junto a nós. E por isso não devemos olhar para as nuvens para que firmando os olhos possamos enxergá-lo ao longe. Podemos e devemos experimentar a presença de Jesus tão intimamente como se Ele estivesse fisicamente presente como experimentaram os discípulos. Sim. O Espírito é aquele que nos comunica tão indubitavelmente a presença de Cristo Jesus em nossa alma.  

João 10:14  “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,”
João 10:27  “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”

2 Timóteo 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”

A consequência prática de uma vida não regenerada é uma vida de iniquidade. Ou em outras palavras. Quem não conhece Jesus e não é conhecido por Ele; Quem confia naquilo que faz para Jesus e não naquilo que Ele fez para sua salvação nunca conseguirá vencer o pecado e viver uma vida liberto da iniquidade. Estes serão condenados não simplesmente por que são pecadores (pois todos somos e Cristo veio para esses), mas por que não reconhecem nem tem Jesus como Senhor de duas vidas. Suas práticas de iniquidade são apenas sinais desta realidade.
Segundo os textos acima, Jesus conhece os que nasceram de novo. Segundo o texto abaixo, os irregenerados lhe são estranhos.
23 Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!
Mt.25.11 “Mais tarde vieram também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abra a porta para nós!’ 12 “Mas ele respondeu: ‘A verdade é que não as conheço!’

Lc 13.25 Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’.“Ele, porém, responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês’.
  
Lc 13.26 “Então vocês dirão: ‘Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas’. v.27 “Mas ele responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal!’

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Mt.7.21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.

O que é fazer a vontade do Pai? Precisamos entender o que não é fazer a vontade do Pai.
a)     Certamente não é o cumprimento integral da Lei nem a realização de qualquer obra que com o fim de merecermos a aceitação divina. Isso ou qualquer coisa deste tipo é uma coisa que com certeza Deus não quer que façamos, pois qualquer coisa deste tipo seria uma afronta a cruz de Cristo (Gl.2.21).
b)     Não é a prática de qualquer ou todos os preceitos bíblicos visando simplesmente suprir alguma necessidade divina. Deus não nos salva pela graça para então suprirmos sua necessidade de ser obedecido. Deus não precisa de nossa obediência. Quando nos manda obedecer ele objetiva sua glória e nossa satisfação.

O que é então a vontade do Pai?  Ora. Qual é a vontade de um pai? Que os seus filhos lhe honre e que sejam felizes. Em se falando de Deus a segunda é consequência da primeira.

E quando glorificamos a Deus? Fazendo todas as coisas que enalteçam o Seu amor por nós na cruz, para sempre e por este mesmo motivo.

Só glorificamos a Deus quando buscamos sua vontade motivados, gratos e alegres por aquilo que Cristo fez por nós. O Pai não tem nenhum outro desejo. 

Aqueles que viveram aqui nesta terra e gastaram a sua vida, não importa o que fizeram em nome de Jesus ou quantas vezes falaram em nome do Senhor. Se suas vidas não foram um resultado consequentes de completa gratidão pela graça do evangelho, o que resta para estes é a perdição.

Esta verdade nos dá um prumo sobre as nossas próprias vidas. Verdade que de forma alguma devemos virar o rosto e não se importar. Nossas motivações estão na mira de Deus e não os nossos atos. A nenhuma das nossas motivações, por melhores que sejam serão aceitas por Deus senão aquelas que Ele mesmo planejou que tivéssemos.

Ora. Todos sabemos o que deixará as pessoas fora do Reino dos céus. Também saberemos o que tiveram por toda a vida, aqueles que passarão a eternidade lá. E o que é? Há apenas uma coisa que Deus espera de nós em nossa obediência e vida completa. Hb.11.6. Sem ela é impossível agradar a Deus, não importa o que façamos ou quantas vezes façamos ou por quanto tempo façamos. Mas o que é fé aqui? Que tipo de fé é esta? Como ele influencia nossa vida e determina nossas motivações?

A fé que agrada a Deus é a fé no seu Filho. Não significa saber que Jesus existiu ou até existe. Os demônios sabem disso. Não é crer no poder de Jesus sobre as dificuldades ou coisas difíceis. Os demônios sabem disso. Não é saber que Jesus morreu na cruz pelos pecadores. Os demônios sabem disso. É algo mais que isso. Precisa ser, senão os demônios, todos eles serão salvos.

Jo.6.40 Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.

A fé que salva é a fé que influencia toda a sua vida e te leva a gastá-la com prazer para a glória de Deus.
   
Crer quem eu sou. Crer quem Cristo é. Crer no que Ele fez por mim. Crer com base em que Ele o fez por mim. E crer para quê Ele fez por mim, torna inevitável uma transformação de vida interior.  

O resultado consequente será uma vida que faz a vontade do Pai que está no céu.

Os que entrarão no céu, entrarão não por que foram obedientes a ponto de merecerem, mas sim porque crendo em toda a obra de Cristo, terão como resultado inevitável uma vida agradável a Deus.

Esta vida agradável não é medida pela contabilidade de quantos mandamentos ele cumpre. De fato os moralistas poderam ser até mais escrupulosos em regras bíblicas (pelo menos externamente) do que quem conhece o evangelho. Fato é que ninguém conseguirá cumprir toda a lei. Outra é que, aquilo que fazem os moralistas não passará pelo teste do fogo divino e queimará como madeira e palha. Ou seja. Nada sobrará.

É isto que Jesus está falando aqui. Eles Lhe apresentam como justificativa para entrarem nos céus, sua lista de boas obras feitas (mesmas aquelas que estão ordenadas na bíblia), mas Cristo fala como se não estivesse vendo nada. De fato Ele demonstra que aquelas coisas não valem absolutamente nada para a salvação deles.

Enquanto estes apontam para a questão de obras e obrigações, Cristo levanta a questão de relacionamento. E nisto eles foram completamente reprovados.

É evidente. Só o evangelho (re)cria relacionamento entre o homem caído e o Deus santo. Isso é regeneração. Uma criatura caída é recriada para reestabelecer o relacionamento perdido por causa do pecado. Este relacionamento não começará no céu e sim aqui na terra, no exato momento em que a alma receber a revelação do amor de Deus pelo Evangelho de Jesus Cristo. 

É espantoso que Cristo não diz que serão poucos e sim muitos que serão reprovados por Ele. Uma grande maioria está iludida e continuará iludida até a volta de Cristo.

Estes apresentam fundamentos e justificativas para serem salvos. Nisso que acreditam e confiaram por toda a vida. Para estes eles eram diferentes daqueles que estavam fora da igreja. Eles estão certos de que aquilo que fazem é razão suficiente e satisfatória para Cristo admiti-los na eternidade com Ele. Estão como que dizendo: “depois de tudo o que fizemos, como podes nos deixar de fora?”. “Por tudo o que fizemos deveríamos ser as primeiras pessoas a entrar no céu”

Mas Cristo apenas declara: Não vos conheço. Vocês me são estranhos.

FÉ E OBRAS EM TIAGO 2.14-26

| Por Marcio Gonçalves

         A carta mais difícil da bíblia para se evitar uma aparente contradição da doutrina da salvação pela graça ao que parece está em Tiago. Especialmente 2.14-26. Primeiro  porque é um trecho bem extenso e não poucos versos isolados. Segundo por que aparentemente, Tiago usa o exemplo do mesmo personagem histórico que Paulo, para argumentar o que parece para muitos uma salvação também pelas obras. Terceiro por que Abraão é tido como pai na fé.

        Este livro foi motivo de grandes controvérsias no período da reforma. Informam-nos que o próprio Martinho Lutero considerou-a como “‘uma epistola sem valor’ e somente sua autenticação pela igreja primitiva impediu que alguns o omitissem do cânone”¹.  Mostrarei aqui as conclusões a que cheguei e talvez possa ajudar aqueles que sinceramente querem entender a aparente contradição. Vamos ao texto.

Tiago 2.14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?
15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia 16 e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?
17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. 18 Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras.
19 Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem! 20 Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?
21 Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? 22 Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. 23 Cumpriu-se assim a Escritura que diz: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”, e ele foi chamado amigo de Deus.
24 Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé.  
25 Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? 26 Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.


          Tratarei o que considero a questão mais crítica e depois acredito que as outras coisas serão mais fáceis de entender.
          A grande dificuldade segundo vejo, está na comparação das declarações paulinas sobre o mesmo personagem Abraão.

Rm.4.1Portanto, que diremos do nosso antepassado Abraão? 2 Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se gloriar, mas não diante de Deus. 3 Que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça.” 4 Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. 5 Todavia, àquele que não trabalha, mas confia em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça

Gl.3.6 Considerem o exemplo de Abraão: “Ele creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”. 7 Estejam certos, portanto, de que os que são da fé, estes é que são filhos de Abraão. 8 Prevendo a Escritura que Deus justificaria os gentios pela fé, anunciou primeiro as boas novas a Abraão: “Por meio de você todas as nações serão abençoadas”. 9 Assim, os que são da fé são abençoados junto com Abraão, homem de fé.

Hb.11.8 Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo. 9 Pela fé peregrinou na terra prometida como se estivesse em terra estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. 10 Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus. 11 Pela fé Abraão — e também a própria Sara, apesar de estéril e avançada em idade — recebeu poder para gerar um filho, porque considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa. 12 Assim, daquele homem já sem vitalidade originaram-se descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e tão incontáveis como a areia da praia do mar.



TIAGO  =   Tg.2.21 Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar?"      


 PAULORm.4.2 Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se gloriar, mas não diante de Deus. 3 Que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça.”




Tanto Tiago como Paulo parece que estão ensinando que somos justificados por Deus, mas por meios diferentes e excludentes. Paulo diz que a justificação de Abraão foi somente pela fé sem obras. Tiago parece dizer que a justificação de Abraão foi pela fé e também pelas obras. Tiago ao que parece não exclui a fé mas inclui as obras. Paulo defende a fé mais parece excluir as obras para a justificação.

Que Abraão creu todo mundo concorda. Que Abraão obedeceu todo mundo concorda. Que Abraão foi justificado também todo mundo concorda. A pergunta mais importante é o que justificou Abraão? Sua fé ou suas obras? A resposta para esta pergunta está na resposta de outra. Quando Abraão foi justificado?

Tiago diz que Abraão foi justificado por obras quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar (v.21). Ele diz que a fé operou junto com as obras, e que através das obras a fé se consumou. (v.22). O que veio primeiro? Segundo Tiago, já havia fé quando as obras apareceram. As obras consumaram e revelaram a fé. As obras das quais Tiago está falando foi a de Abraão oferecer seu filho no altar. Isso está registrado em Gn.22. Deus defendeu (justificou) a fé de Abraão quando ele levantou o cutelo para sacrificar seu filho (Gn.22.12). Tiago diz que este ato de Abraão, fez as escrituras se cumprirem. Que escritura? (Tg.2.23) Esta passagem:

Gn.15.4 Então o SENHOR deu-lhe a seguinte resposta: “Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro”. 5 Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: “Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las”. E prosseguiu: “Assim será a sua descendência”. 6 Abrão creu no SENHOR, e isso lhe foi creditado como justiça.

Mas antes disso Abraão ainda não havia sido justificado? Tiago está ensinando que sim, pois ele cita o momento da justificação de Abraão quando ele creu. Neste ponto Tiago e Paulo estão ensinando que Abraão foi justificado em Gn.15. quando creu e não em Gn.22 quando obedeceu.

Quando Paulo diz que Abraão foi justificado pela fé ele está citando o episódio de Gn.15 e não o de Gn.22. Tiago quando fala das obras não está em mente Gn.15. e sim Gn.22. Conforme vemos Paulo não está ensinando que Abraão não obedeceu. Ele está ensinando que a justificação de Abraão aconteceu antes de qualquer obra da parte dele. Tiago não está ensinando que Abraão não foi justificado pela fé e sim que as obras acompanharam posteriormente a fé que ele teve em Deus.

As obras têm um papel muito importante. Qual? Não o de justificar, mas até certo ponto o de revelar os que são justificados. Ela é uma fotografia e não a imagem real. Se não há imagem real, não haverá fotografia. Este é o grande ensino de Tiago. O crente que crer, fará boas obras. O que não faz, não crer. As obras então, não servem em si mesmas para justificar, mas para te dar certeza pessoal da justificação. Não que as suas obras conferem a Deus o padrão de santidade que exija sua justificação, mas sim que as obras de Jesus foram tão perfeitas que transformaram seu coração para dedicar-se as boas obras de gratidão.  Quem foi justificado agradece. Quem não agradece, não crer na justificação.


COMENTÁRIO DOS OUTROS TRECHOS
Tiago 2.14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?
Não que a fé salve. Nenhuma fé pode salvar. O que Tiago está dizendo aqui é que este tipo de fé que não produz frutos não é verdadeira e por isso não é uma fé para a salvação.
15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia 16 e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?
A fé que salva é inicialmente uma realidade entre o crente e Deus somente. Não bastando mas nada além de crer no Cristo como fez o ladrão da cruz. Mas quando após a fé existe uma vida de relações humanas pela frente, esta deve ser evidente aos homens através das boas obras. Noutras palavras. Deus não precisa ver nossas obras para se certificar se temos fé genuína ou não, mas os homens, e nós mesmos precisamos.
17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. 18 Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras.
É importante entender que Tiago está resolvendo um problema na igreja judaica. Falsos professos. Neste trecho Tiago mostra que é impossível, na vida diária, fé e obra existirem separadas uma da outra. Se a fé é verdadeira, estará sempre de mãos dadas as obras.
19 Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem! 20 Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?
Tiago aqui deixa bem claro o tipo de fé falsa da qual fala acima. É uma fé demoníaca, morta e inútil. Não é confiança e sim assentimento mental de uma realidade. A fé salvífica nos faz humilhar-nos a Deus e não se exaltar diante dEle. Seria e fé que Deus nos dá (Ef.2.7-9) poderosa para nos salvar, mas não suficientemente poderosa para nos fazer realizar boas obras?
25 Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? 26 Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.

O que Tiago aprova em Raabe certamente não foi sua atitude falsa, mas sua fé genuína. Não aquilo que ele de fato fez, mas sim por que fez. Pela fé no Senhor.

Em resumo: Paulo está tratando sobre a base da justificação e Tiago sobre os frutos da justificação.

¹(Comentário Histórico Cultural do Novo Testamento _ Lawrence O. Richards; p.511. Comentário de Tiago)

O CAMINHO DA JUSTIFICAÇÃO

 | Marcio Gonçalves
(Lc.18.9-14)

Os que se consideram justos por seus esforços:
       
          Ou possuem sentimento de inferioridade com relação aos outros; Ou possuem sentimento de superioridade com relação aos outros.  Inferiores quando não conseguem ter o mesmo comportamento que outros têm. Superiores quando conseguem ter o comportamento que outros não têm.
            
              O evangelho tira a necessidade de comparação. Isso por que o evangelho mostra que todos são igualmente pecadores e todos são igualmente amados por Deus através de Cristo e não através de seus comportamentos.  
     
         Assim aqueles que confiam em si mesmos para serem justificados, vivem uma oscilação entre sentimento de inferioridade e superioridade.

·         Desta forma uma vida de justificação pelas obras prejudica seriamente os relacionamentos.

Esta pessoa nunca consegue está próxima dos próximos. Sua vida de confiança nas obras o afasta das pessoas. Ele é separatista.
A justificação pelas obras cria uma parede divisória não só entre Deus e os homens, mas também entre homens e homens.
Assim. Se queremos viver uma comunhão livre de barreiras, precisamos crer na justificação pela fé. É a justiça de Cristo que nos proporciona o valor e o significado que temos. Não qualquer obra nossa. É uma justificação totalmente passiva.
Qual é o caminho para a justificação? Jesus nos mostra, através desta parábola.

O FARISEU
As características de alguém que ainda não foi justificado.

1.        ORAÇÃO ANTROPOCENTRICA
·         “De si para si mesmo” A oração do fariseu é totalmente egoísta. Ou seja. Ele ora em benefício de si mesmo. Dizer isso pode parecer muito estranho. “Mas a oração não é para nosso benefício?” Primeiramente não.
·         Oração foi nos dado para glorificar o Pai. Ou seja. Ele deve ser o alvo da nossa oração, não nós. Deus deve deleitar-se em nos ouvir orar a Ele. Devemos se importar com a alegria de Deus. Desejá-lo satisfeito e feliz.
·         Neste texto veremos como podemos fazer Deus se satisfazer (quando confiamos só Nele) em nossas orações e como podemos deixá-lo infeliz (Quando confiamos em nós).
·         Esta é uma característica daqueles que acreditam na autojustiça. Sua vida de oração é sempre antropocêntrica. Não leva glória à Deus, mesmo que digam. O alvo das suas orações são eles próprios.

Lc.16.15 Ele lhes disse: “Vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas Deus conhece o coração de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus.
Rm.3.27 ”Onde está, então, o motivo de vanglória? É excluído. Baseado em que princípio? No da obediência à Lei? Não, mas no princípio da fé.

2.        COMPARATISMO
a)       Outra característica daquele que confia na própria justiça, é o de sempre se comparar com os outros. A base de sua santidade é sempre comparativa aos homens. Assim, para aqueles que são piores que ele, ele se sente orgulho. Para aqueles que são melhores do que ele, ele se sente humilhado e ameaçado.
b)      Novamente, seus relacionamentos são sempre afetados pela sua auto-justiça. Ele não consegue andar em pé de igualdade para com o próximo.
c)       Até mesmo entre os fariseus havia este tipo de sentimento. Bastava qualquer um demonstrar vacilação. Quando um fariseu parece dar crédito as palavras de Jesus, é imediatamente julgado. Estes homens são cegos porém em duas coisas:
  1. para a santidade de Deus.
  2. para sua pecaminosidade.
d)      Por isso, embora sempre se comparam com outros homens, nunca se comparam com Deus.  Ao fazerem esta comparação, não vêem a profundidade de seus pecados. São como porcos na lama zombando um do outro estando na mesma sujeira.
e)      Para este, o pecado é sempre em comparação com as pessoas e nunca em comparação com Deus. “Eu não sou como os demais” Seu orgulho era de não ser como os demais homens e não de se parecer com Deus.
f)        Ele se achava justificado através do não ser como os demais homens.

3.        PRAGMATISMO
a)       Outra característica daqueles que confiam nas obras para justificação é fazê-las como forma de ser justificado. Ele confia no seu comportamento como meio de ser justificado diante de Deus.
  • Naquilo que ele não faz de errado.
  • Naquilo que ele faz de certo.
Estas são as duas bases da auto-justificação.

O PUBLICANO
1.        Tanto o fariseu como o publicano estão perdidos. Porém o publicano é salvo no final. Não por que cometia ou não pecados, mas por que reconhecia que era pecador e pediu misericórdia a Deus.
2.        Talvez muitos dizem que se consideram pecadores. Porém não pedem misericórdia a Deus. Mas se você se vê pecador e não pede misericórdia a Deus, você não se acha tão pecador quando deveria achar.
3.        Aquele que diz se achar pecador, e confia em reformas morais ou esforços pessoais para ser salvo e resolver o pecado, não se acha tão pecador como deveria.
4.       Esta pessoa não possui a revelação profunda nem do seu pecado, nem da santidade de Deus.
a)       Ela não se vê tão pecador, pois crer ser capaz de fazer alguma coisa para alcançar justificação de Deus.
b)      Ela não vê Deus tão santo, pois vê ser possível Deus tendo que o justificar por causa de suas atitudes.
5.        Porém se você se vê infinitamente pecador, nada que faça será capaz de justificá-lo.
6.       E se você vê Deus infinitamente santo, nada que você faça será suficiente para cumprir as exigências da sua santidade.
Perceba que a forma como você lhe dá com o pecado é determinante para descobrir no que confia para ser salvo.

O QUE O CAMINHO DA JUSTIFICAÇÃO NÃO É.
1.       
2.        Não é a comparação com outras pessoas.
3.        Não é o deixar de fazer coisas erradas e o fazer coisas certas.
4.       Não é também se sentir pecador e tentar resolver seus pecados. (Este é o erro cometido pelos crentes. Ao se deparar com seu pecado, tenta resolvê-lo por si mesmo).

O QUE O CAMINHO DA JUSTIFICAÇÃO É.
                     O caminho para a justificação é reconhecer-se totalmente pecador. (que tem inevitavelmente o julgamento de Deus sobre si), e confiar na misericórdia de Deus para não ser condenado por Ele em razão da sua infinita santidade.
                   O publicano demonstra exatamente isso. Ele nem se aproxima totalmente, pois o sentimento inicial é de temor.
                 Não há direito intrínseco nele de chegar-se a Deus. É Deus que o permite se aproximar.
                Ele não exige de Deus que o perdoe. Em outras palavras. Ele não confia no seu direito. Ele confia na misericórdia de Deus. Isso por que não há direito.
                  A idéia de direito precisa ser bem entendida. E dificilmente é. Toda vez que pensamos em direito, associamos a mérito ou independência.
                 A redenção não é algo que possa ser vivido a parte de Cristo. Não é algo que lhe foi dado por Cristo e agora Deus te deve. Não podemos deixar de confiar na misericórdia para confiar no “direito”.
               Existe na verdade um direito; mas ele sempre é e sempre será baseado na misericórdia. Por isso o publicano sequer levanta os olhos.

As características de alguém que está para ser justificado
1.        ENTENDIMENTO DA SANTIDADE DE DEUS.
“Batendo no peito” A atitude deste publicano é o desepero. Mas por que?
1.        É o resultado esperado quando a vida de um pecador se depara com um Deus santo. Lembra de Isaías 6?
2.        O desespero vem de que não temos direito de estar vivos, e que Deus tem o direito de nos punir.
3.        Mas o maior desespero deste pecador é a de não conseguir resolver seu pecado. Ele não tem solução. Talvez tenha tentado, mas tudo foi em vão. É como uma dívida impagável que cresce cada vez mais.

a)       Existe uma diferença entre aquele que ainda não foi regenerado e aquele que já foi. Mas esta diferença não é fácil de definir.
b)      Podemos dizer com certeza que a diferença não é que um é pecador e outro não. Mas um é pecador justificado e outro não.
c)       A confiança na morte de Jesus como paga absoluta por nossos pecados é a segurança que temos de que não seremos condenados pelos nossos pecados, mesmo depois de regenerados, e mais nada.
d)      Para aqueles que não foram regenerados, sua tentativa de buscar justificação pelas obras, acumulará ainda mais a ira de Deus sobre si. Mas para aquele que é regenerado, o Espírito Santo fará, aquilo que está fazendo agora: reconduzir os filhos de Deus a se arrependerem não só de seus pecados, mas também de suas “boas obras”.
e)      Isto nos faz com que nos sintamos perdidos, quando nos achávamos salvos em si mesmos.
f)        O Espírito Santo fará isso para que possamos perseverar até o fim.

2.        RECONHECIMENTO DA PRÓPRIA PECAMINOSIDADE
“Sou pecador”
  1. Ele não diz perdoa meus atos de pecado. Ele percebe que é essencialmente pecador. Seu pecado está na essência e não nos atos. (Não direi aqui a base funcional do pecado, mas basta dizer que vem de não confiarmos em Cristo como nosso salvador pessoal. Ídolos do coração).
  2. Na vida do publicano havia um deus que o dominava. Este deus o controlava totalmente. Ele chega ao desespero, primeiro em tentar conseguir felicidade tentando satisfazer este deus, e posteriormente em tentar se livrar dele, mas sem sucesso. 

3.        CONFIANÇA NA MISERICÓRDIA
·         O caminho da justificação é somente a confiança na misericórdia. Aqui não falo de como foi possível Deus nos justificar. Mas basta dizer que conhecer isso é imprescindível para vencer o pecado na prática.
·         Precisamos ver o horror da cruz de Cristo para que possamos repugnar aquilo que o levou para lá.
·         O fariseu chega diante de Deus oferecendo uma vida “livre de erros” e cheia de “boas obras” para adquirir de Deus a justificação.
·         Mas o que o publicano oferece? Nada. A não ser uma vida de pecado.
·         No que confiava o fariseu? No que confiava o publicano?
·         No fim da história, quem é salvo e quem continua perdido


CONFIANDO EM QUE VOCÊ ACREDITA QUE É SALVO?


A BASE DA JUSTIFICAÇÃO
Baseado em que Deus nos justifica?


Deus não pode deixar de lado a infração da Lei e a conseqüente punição do pecado. Quando Deus perdoa um pecador, Ele não está agindo contra a justiça. Ele não está mudando de idéia. Ele não está infligindo a própria Lei por ser Deus.
Na sua sabedoria, Deus criou os arranjos perfeitos, para que fosse possível perdoar pecadores. Como ele fez isso?
Isso está implícita nas ultimas palavras de Jesus na aplicação desta parábola.
“Os exaltados serão humilhados. E os humilhados serão exaltados”


Ora. Cristo tanto foi humilhado quanto exaltado, para que Ele mesmo tivesse o pleno direito de humilhar e exaltar quem quer que fosse.


Porque, Quando, como e por quem Cristo foi humilhado?


Quando – (Jo.1.1-18; Fp.2.5-10) Cristo sendo Deus, se fez homem e servo, submetendo-se ele mesmo debaixo da Lei. Isso foi uma auto humilhação.
Por que – Para que ele pudesse cumprir a justiça perfeita e ser justificador dos que a Ele recorrem.
Como – Sua humilhação foi que O criador, se rebaixou a sua criatura. Seria como se os homens escolhessem viver com as formigas, ou insetos, ou vermes. 
Por quem - Sua humilhação foi não por Ele mesmo, mas por nós. Toda humilhação de Cristo foi motivada pelo seu amor por nós.
O ápice porem da humilhação de Cristo aconteceu não quando o Cristo se faz criatura, mas quando O Pai o trata como a somatória da pior criatura na cruz ao ponto de virá o rosto para Ele.
Entretanto O Jesus que foi humilhado por Deus, também foi exaltado pelo mesmo Deus. Fp.2.7. Ele recebeu o nome mais exaltado do universo. Todo poder e autoridade está neste nome.
ü  Assim confiando que Jesus é o ser mais exaltado do universo, não há no que me gloriar.
ü  Assim também confiando que Jesus foi o ser mais humilhado do universo, não tenho do que me envergonhar de ser humilde.


Desta forma a justificação nos faz sempre humildes mesmo sendo glorificado por Deus em Cristo.

Se o filho de Deus tanto foi humilhado quando exaltado, o Pai pode tanto humilhar aqueles que não recebem seu Filho, como exaltar aqueles que crêem Nele.
Assim o caminho para a justificação é a confiança somente na misericórdia de Deus através de Cristo.

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