PENSE

FALSA ESPERANÇA DA RELIGIOSIDADE

Jeremias 7.1-
Sugestão: Leia o texto primeiro.
No que realmente os crentes de hoje confiam? Em que está baseado a segurança da salvação deles? Creio ter a resposta para a maioria. A confiança e a segurança que têm é de freqüentar cultos no templo religioso. Tudo na vida cristã que possuem é isso! A realidade de suas vidas cristãs está ligada a um lugar e a um horário. Tudo é diferente fora dalí, horas depois.
O templo e talvez o momento do culto, parece ter se tornado um amuleto, um pé de coelho, um talismã. Se perguntarmos para ela: “como você sabe que é crente?” Ela responderá: “Sou membro da igreja tal... e freqüento os cultos todos os domingos...”. Mas será isso algum tipo de prova segura para a aprovação de Deus em minha vida? É correto crer num lugar e num momento para ter segurança em Deus?
O que mais me alarma de tudo isso é que a maioria dos crentes que conheço vivem assim.
Este texto fala disso.
Deus manda o profeta se colocar como um porteiro no templo de Deus para anunciar a todos quanto entram para adorar (v.1). Não são palavras de boas vindas que o profeta profere aos que chegam, mas palavras de advertência e alerta.
O povo vinha adorar ao Senhor no templo, e confiavam que estavam seguros porque Deus estava nele, mesmo tendo um procedimento de vida desagradável ao Senhor. De certa forma, olhavam para o templo como uma falsa segurança. Um falso lugar de refúgio. Um álibi para os seus pecados. Eles pensavam: “Se temos este templo para adorar a Deus, Ele está presente aqui conosco. Assim, nossos pecados não são tão graves como possa parecer” (v.2-4).
O povo acreditava que o reunir-se e o fazer de um grupo, era segurança para suas vidas, mesmo vivendo uma vida de engano e pecado (v.5-7).
Parece que os “pregadores” provocavam esta falsa segurança no povo (v.8). (Não é o mesmo que vemos hoje?) O povo tinha uma vida dupla. Fora do templo, agiam como ímpios, cometendo todo tipo de injustiça, pecados e impiedades. Mas depois, com a maior cara de pau se achegavam até a presença de Deus no templo e se sentiam seguros por causa disso. Perceba que o templo lhes dava segurança para continuar no erro. (v.9,10).
Deus diz que Ele mesmo está vendo tudo isso. Deus faz o povo lembrar que a história está se repetindo, pois em Siló, lugar que Deus escolheu para habitar, aconteceu o mesmo. (v.12-15).
Deus diz a Jeremias que não interceda pelo povo, pois Deus não irá ouvi-lo. (v.16).
Deus diz que as famílias se uniam para desagradar ao Senhor. Cada um tinha a sua parte na iniqüidade (v.18). Deus diz que não será Deus que será prejudicado com isso, mas eles mesmos.(v.19).
Deus está adiantando ao profeta, que mesmo o povo ouvindo todas estas severas advertências, não escutarão o profeta nem responderão (v.27).
A história deste povo se encontra na aliança de obras. A aceitação e salvação de Deus dependia de suas condutas. A aprovação de Deus era o “reagente” das obras humanas. Mas veja o contraste entre a aliança da graça. A nossa segurança diante de Deus não está em Deus habitar em um templo de tijolos onde nós se reunimos. (se é assim que você pensa, então ainda está ligado a antiga aliança). A segurança que temos é que Deus habita em nós.
Não vamos a um lugar onde Deus está. Ele veio e habitou em nós pelo Espírito Santo quando cremos somente em Jesus. Assim não é possível termos duas vidas se isso for verdadeiro. Caso tenhamos, Deus não habita em nós. Paulo vai dizer que o Espírito, Deus habitando em nós é a segurança da redenção (Ef.1.13,14)
Pode ser que você então diga: A segurança da salvação então não deve esta no templo, nem num culto, mas numa vida de obediência. Porém é algo mais profundo que isso.
Existe dois tipos de segurança. Uma falsa e outra verdadeira. A falsa é a segurança com base nos seus méritos ou obras. Esta você usará para pecar. A outra é a segurança na graça de Cristo. Esta quando realmente colocada, me liberta de pecar.
Assim mudar minha segurança no templo e culto, para a segurança em minhas obras, não resolve meus problemas e me faz um fracassado. Isso por várias razões:
1. O ESPÍRITO NÃO PODE COOPERAR COM AQUELE QUE NÃO GLORIFICA A JESUS COM SUAS OBEDIENCIAS.
Se for possível algum tipo de obediência que não flua da gloriosa graça de Jesus, está obediência não agrada a Deus. O papel na obra do Espírito Santo é glorificar o Filho.
2. O PODER PARA A OBEDIENCIA VEM EXATAMENTE DE CRER NÃO MERECER A ACEITAÇÃO DE DEUS.
O medo e o egoísmo podem fazer muitas coisas, mas não são suficientes para vencer o pecado no homem. O maio poder para vencer o pecado é a gratidão proveniente do infinito amor de Deus por pecadores merecedores da mais terrível condenação. Nisto algumas coisas devem ser reforçadas por 4 questões infinitas:

a) A santidade de Deus
b) A corrupção humana
c) O não merecimento da aceitação de Deus
d) O preço pago por Deus para Ele nos aceitar.

Se são elas infinitas, a medida que me aprofundo nelas, mais poder é insuflado em minha alma. Estes fatores potencializam na alma humana a gratidão, dando ao indivíduo o maior poder do mundo para vencer qualquer luta interior.
Deus não está ensinando neste texto que a obediência deve ser a nossa segurança. O máximo que ela pode servir é como sinal da segurança. Veja o vss. 21-24.
Ele diz: Façam estas coisas para vocês mesmos! (v.21). O que seria isso? Reúnam-se e cultuem para vocês mesmos. Deus está dizendo: “se quiserem fazer estas coisas, façam para seus próprios deleites. Mas não para confiarem nestas coisas. Em outras palavras, Deus está dizendo: Eu não preciso disso. É vocês que precisam!
Mas a questão mais importantes está no vss.22. Deus está nos fazendo lembrar que quando Ele nos libertou, nada nos exigiu antes. Deus poderia ter apresentado esta reflexão com uma pergunta: O que foi que você me deram antes para eu salvá-los? Você pode responder esta pergunta? O que foi que você deu a Deus para que Ele pudesse salvá-lo?
Após salvar-nos Deus disse: “Obedeçam-me, e eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo.” Deus primeiro salva e depois espera obediência resultante da gratidão. O que é isso senão graça? A obediência me fará crescer em relacionamento. A salvação já aconteceu!
Porém o povo não ouve a Deus nem presta atenção ao que Deus fala e faz. Pelo contrário. Seguem um raciocínio rebelde dos corações maus. (v.24). O que é este raciocínio rebelde senão a falta de gratidão a Deus?
Na nova aliança, a obediência é o reagente da presença de Deus em nossas vidas em função da gratidão. Isso não significa que não cometeremos erros, pois a casca onde Deus habita ainda é carnal e maculada pelo pecado. Para isso no entanto, temos um profeta intercessor. A este o Pai não diz: Não me peças mais por este povo que eu não os ouvirei. Pois o nosso profeta intercessor intercede por aqueles que confiam em sua obediência plena, seu sangue imaculado e sacrifício perfeito. E o Pai se agrada em ser misericordioso com aqueles que crêem em Seu filho Jesus Cristo.
Por que o lugar do culto se tornou uma falsa segurança (ídolo) na vida do povo, Deus levou os templos a ruínas. Se o templo e o culto tem sido um ídolo de nossas vidas, que Deus nos arranque estas coisas. Que estas falsas seguranças sejam derribadas do nosso coração. Que nos arrependamos de confiar neles. Que nos voltemos para o templo de Deus. Aquele que foi destruído e reerguido ao terceiro dia. O Tabernáculo de Deus com os homens.

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