PENSE

SINAIS DE REGENERAÇÃO


ANÁLIZE DE MATEUS. 7.20 - POR MARCIO GONÇALVES

Quando um bebê nasce, os médicos dão uma palmadinha no seu bumbum para que eles possam dar seu sinal de vida. 
Qual é o sinal de vida daquele que nasceu de novo? Como podemos nos certificar de um novo nascimento? Quais são os sinais de regeneração? 

Esta é uma pergunta extremamente relevante, pois Jesus falou que aquele que não nascer de novo, não entrará no Reino de Deus. Ou seja. Podemos estar vivos mas mortos. E o que é pior. Não nos darmos conta disso. Por isso quero examinar com você este tema através das palavras de Jesus, para que tenhas fé sobre ti mesmo, se estás vivo ou morto.




“Senhor em teu nome não expulsamos demônios?”

Nem mesmo eles entenderam como não são salvos havendo feito tantas proezas em nome de Jesus. Mas e revelação da verdade serve para provar quão louco é aquele que passa sua vida confiando nestas coisas.

Poder sobre os demônios foram dadas a Judas, Aos setentas, Aos exorcistas judeus e aos sete filhos de Ceva.   

E em teu nome não expulsamos demônios? Atos 19:13,14. Uma consideração é terrível, que os homens devem ser capazes de expulsar demônios, e, finalmente, ser convertido para o diabo.
“...E em teu nome não fizemos muitos milagres?”
Ou seja, muitos milagres, não um, ou alguns apenas, mas muitos, como falar em línguas, removendo montanhas, pisando em serpentes e escorpiões, e beber alguma coisa mortífera, sem machucar, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Judas, por exemplo, era capaz de invocar todas estas coisas, ele tinha o dom da pregação, e um convite de Cristo a ela, ele tinha o poder de expulsar demônios, e ainda assim não poderia impedir o demônio entrando nele, ele podia fazer milagres, fazer maravilhas em nome de Cristo, e ainda, no passado, foi o traidor de si.

Estes fundamentos e argumentos serão de nenhuma utilidade para ele, nem de qualquer proveito para qualquer no grande dia.

Você pode observar, que estes homens estavam depositando a segurança da salvação deles sobre o que eles têm feito em nome de Cristo, e não no próprio Cristo fez por eles? Eles não dizem que uma sílaba do que Cristo tem fez e sofreu, mas apenas do que eles têm feito. As obras que fiz foram de natureza extraordinária.
1.     Reconhecer uma árvore por seus frutos é o mesmo que reconhecer os sinais de regeneração.
Mt.7.15 “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. 16 Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?

A boa ceifa de uma árvore determina a qualidade de seus frutos. A vida espiritual dentro do crente determinará evidencias da regeneração.

17 Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins.

É impossível um regenerado não apresentar sinais de regeneração como é impossível um irregenerado apresentar sinais de regeneração. Por estas palavras aprendemos ser impossível haver na vida de um não regenerado sinais de regeneração. Assim tais sinais são coisas que nunca encontraremos naquele que ainda não foi regenerado. Os sinais de irregeneração, sejam eles quais forem nunca serão encontrados na vida de um regenerado.  

18 A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons.

Precisamos entender que frutos são estes na analogia de Cristo para sabermos quais são os sinais de regeneração. Mas será certo que aquele que e regenerado os terá e o que não tem não é.

Há um destino claro para os não regenerados, que é o sofrimento eterno.

19 Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo.

Jesus diz que “nós” conheceremos os que não são regenerados.

20 Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!

Mas o contrário não é verdadeiro. Os que não são regenerados não podem saber de sua própria situação, senão quando nascem de novo.

21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus...”
Mesmo os que passam a vida toda chamando Jesus de Senhor não apresentam evidencia de que são regenerados. Muito parece que a declaração de que Jesus é Senhor é meramente verbal. Ele não o é em seus corações e vidas. Assim podemos daqui tirar um primeiro sinal de regeneração:
CONHECEM JESUS COMO SENHOR
Uma convicção inequívoca na alma de que Jesus é o Senhor não só do universo mas também de toda sua vida. Como consequência disto vivem para fazer a vontade de Deus. Esta vontade não é uma alternativa, mas algo inevitável e desejável. Sua angústia é quando esta vontade não é realizada, seja na vida dos outros ou em sua própria vida. Não Há alívio no coração quando não faz a vontade de Deus ele mesmo, mas tristeza em si mesmo como se a própria vontade fosse violada.
Há uma irreconciliável diferença entre chamar Jesus de Senhor e tê-lo como Senhor de sua vida.

APLICAÇÃOVOCÊ OBSERVA E PODE DIZER DE TI MESMO QUE JESUS É SENHOR EM TUA VIDA? PORQUE?

É importante ressaltar que:
Não é ter o desejo de que Cristo seja Senhor de sua vida. É ter Cristo como Senhor da sua vida. Ele o é e você deseja e se satisfaz nisso.
Se disséssemos para qualquer um que para ele ser salvo deveria ter Jesus como Senhor de suas vidas, todos por um instinto de preservação desejariam tê-lo como Senhor de sua vida. É como um rei dizer: Para você não morrer deve ser meu servo. Todos desejariam serví-lo, mas não por que amam o rei e sim por que amam a si mesmos.

 Assim, embora possa parecer, você não toma a decisão de ter Jesus como Senhor da sua vida. Ele é que conquista teu coração e você o amam tanto que não consegue se vê sem servi-lo por toda eternidade. Sua satisfação está nisso e não ter seria tormento.
Deus influencia sua vontade a ter Jesus como Senhor. Você sabe que não é forçado a isso, mas também não consegue evitar o contrário. Há uma atração bendita, nunca opressão. Sua vontade não é violada e sim conquistada e conformada a de Deus. A vontade de Deus age sobre a sua pelo Espírito não aniquilando-a mas fazendo com que seja semelhante a de Deus.  Assim Deus te atrai e você vai porque deseja ir.    Quando você nasce de novo, Jesus é SENHOR em sua vida!

 21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Os não regenerados viveram confiando naquilo que fizeram para o Senhor ao invés de confiarem naquilo que o Senhor fez por eles.
APLICANDO – EM GERAL NO QUE SEU CORAÇÃO SE SUSTENTA PARA TER CERTEZA DE QUE IRÁS PARA A GLÓRIA?

Veja a diferença dos regenerados quando o Senhor voltar:
2 Ts 1:10  “quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)”.
Há duas maravilhosas promessas neste texto. 1º. Cristo será glorificado em nós. 2º. Cristo será admirado por nós. É isso que você vê naqueles que são citados em Mt.7. 22? Porquê?
As duas coisas aconteceram simultânea e consequentemente. Ou seja. Cristo será glorificado em nós exatamente por estarmos totalmente deleitosos Nele.
Imagine se Cristo voltasse e nós o recebêssemos cheios de medo e pavor. Que glória receberia um Senhor assim? Alguém tão desprezível e apavorante. Não. Isso não glorificaria o Amado. E conforme vemos comparando Mt.7.22 com 2Ts.1.10 os irregenerados nem se admiraram a Cristo e nem Cristo, por isso mesmo, será glorificado neles desta forma.
Tudo isso é para chegarmos a conclusão que há um relacionamento entre aqueles que nasceram de novo que não existe naqueles que ainda estão mortos espiritualmente.  
Daqui tiramos o segundo sinal de um regenerado:
SÃO CONHECIDAS PELO SENHOR JESUS

  
Eles não conhecem Jesus de ouvir falar ou de ler sobre Ele, ou ouvir sermões a seu respeito por toda a vida. Nem mesmo por estudar tudo o que diz respeito a Jesus. Eles conhecem Jesus pessoal e intimamente. Jesus é alguém pessoal para ele. O mais pessoal de todas as pessoas que conhece na vida. Mas são igualmente conhecidas por Jesus. Jesus não para eles é aquele que foi para longe preparar um lugar e só depois de muito tempo voltou para levá-los. Jesus sempre esteve pessoalmente presente em suas vidas pelo Seu Espírito1.
22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’
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(1) Não estou negando João 14.1-4 onde Cristo promete ir preparar um lugar mas deixar conosco um outro consolador, e que voltaria para nos buscar quando estivesse tudo preparado. O que estou querendo enfatizar é exatamente o que Jesus diz: “Não vos deixarei órfãos. Enviarei outro consolador”. Ele não nos abandonou. Embora não esteja fisicamente presente, está intimamente junto a nós. E por isso não devemos olhar para as nuvens para que firmando os olhos possamos enxergá-lo ao longe. Podemos e devemos experimentar a presença de Jesus tão intimamente como se Ele estivesse fisicamente presente como experimentaram os discípulos. Sim. O Espírito é aquele que nos comunica tão indubitavelmente a presença de Cristo Jesus em nossa alma.  

João 10:14  “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,”
João 10:27  “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”

2 Timóteo 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”

A consequência prática de uma vida não regenerada é uma vida de iniquidade. Ou em outras palavras. Quem não conhece Jesus e não é conhecido por Ele; Quem confia naquilo que faz para Jesus e não naquilo que Ele fez para sua salvação nunca conseguirá vencer o pecado e viver uma vida liberto da iniquidade. Estes serão condenados não simplesmente por que são pecadores (pois todos somos e Cristo veio para esses), mas por que não reconhecem nem tem Jesus como Senhor de duas vidas. Suas práticas de iniquidade são apenas sinais desta realidade.
Segundo os textos acima, Jesus conhece os que nasceram de novo. Segundo o texto abaixo, os irregenerados lhe são estranhos.
23 Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!
Mt.25.11 “Mais tarde vieram também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abra a porta para nós!’ 12 “Mas ele respondeu: ‘A verdade é que não as conheço!’

Lc 13.25 Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’.“Ele, porém, responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês’.
  
Lc 13.26 “Então vocês dirão: ‘Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas’. v.27 “Mas ele responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal!’

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Mt.7.21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.

O que é fazer a vontade do Pai? Precisamos entender o que não é fazer a vontade do Pai.
a)     Certamente não é o cumprimento integral da Lei nem a realização de qualquer obra que com o fim de merecermos a aceitação divina. Isso ou qualquer coisa deste tipo é uma coisa que com certeza Deus não quer que façamos, pois qualquer coisa deste tipo seria uma afronta a cruz de Cristo (Gl.2.21).
b)     Não é a prática de qualquer ou todos os preceitos bíblicos visando simplesmente suprir alguma necessidade divina. Deus não nos salva pela graça para então suprirmos sua necessidade de ser obedecido. Deus não precisa de nossa obediência. Quando nos manda obedecer ele objetiva sua glória e nossa satisfação.

O que é então a vontade do Pai?  Ora. Qual é a vontade de um pai? Que os seus filhos lhe honre e que sejam felizes. Em se falando de Deus a segunda é consequência da primeira.

E quando glorificamos a Deus? Fazendo todas as coisas que enalteçam o Seu amor por nós na cruz, para sempre e por este mesmo motivo.

Só glorificamos a Deus quando buscamos sua vontade motivados, gratos e alegres por aquilo que Cristo fez por nós. O Pai não tem nenhum outro desejo. 

Aqueles que viveram aqui nesta terra e gastaram a sua vida, não importa o que fizeram em nome de Jesus ou quantas vezes falaram em nome do Senhor. Se suas vidas não foram um resultado consequentes de completa gratidão pela graça do evangelho, o que resta para estes é a perdição.

Esta verdade nos dá um prumo sobre as nossas próprias vidas. Verdade que de forma alguma devemos virar o rosto e não se importar. Nossas motivações estão na mira de Deus e não os nossos atos. A nenhuma das nossas motivações, por melhores que sejam serão aceitas por Deus senão aquelas que Ele mesmo planejou que tivéssemos.

Ora. Todos sabemos o que deixará as pessoas fora do Reino dos céus. Também saberemos o que tiveram por toda a vida, aqueles que passarão a eternidade lá. E o que é? Há apenas uma coisa que Deus espera de nós em nossa obediência e vida completa. Hb.11.6. Sem ela é impossível agradar a Deus, não importa o que façamos ou quantas vezes façamos ou por quanto tempo façamos. Mas o que é fé aqui? Que tipo de fé é esta? Como ele influencia nossa vida e determina nossas motivações?

A fé que agrada a Deus é a fé no seu Filho. Não significa saber que Jesus existiu ou até existe. Os demônios sabem disso. Não é crer no poder de Jesus sobre as dificuldades ou coisas difíceis. Os demônios sabem disso. Não é saber que Jesus morreu na cruz pelos pecadores. Os demônios sabem disso. É algo mais que isso. Precisa ser, senão os demônios, todos eles serão salvos.

Jo.6.40 Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.

A fé que salva é a fé que influencia toda a sua vida e te leva a gastá-la com prazer para a glória de Deus.
   
Crer quem eu sou. Crer quem Cristo é. Crer no que Ele fez por mim. Crer com base em que Ele o fez por mim. E crer para quê Ele fez por mim, torna inevitável uma transformação de vida interior.  

O resultado consequente será uma vida que faz a vontade do Pai que está no céu.

Os que entrarão no céu, entrarão não por que foram obedientes a ponto de merecerem, mas sim porque crendo em toda a obra de Cristo, terão como resultado inevitável uma vida agradável a Deus.

Esta vida agradável não é medida pela contabilidade de quantos mandamentos ele cumpre. De fato os moralistas poderam ser até mais escrupulosos em regras bíblicas (pelo menos externamente) do que quem conhece o evangelho. Fato é que ninguém conseguirá cumprir toda a lei. Outra é que, aquilo que fazem os moralistas não passará pelo teste do fogo divino e queimará como madeira e palha. Ou seja. Nada sobrará.

É isto que Jesus está falando aqui. Eles Lhe apresentam como justificativa para entrarem nos céus, sua lista de boas obras feitas (mesmas aquelas que estão ordenadas na bíblia), mas Cristo fala como se não estivesse vendo nada. De fato Ele demonstra que aquelas coisas não valem absolutamente nada para a salvação deles.

Enquanto estes apontam para a questão de obras e obrigações, Cristo levanta a questão de relacionamento. E nisto eles foram completamente reprovados.

É evidente. Só o evangelho (re)cria relacionamento entre o homem caído e o Deus santo. Isso é regeneração. Uma criatura caída é recriada para reestabelecer o relacionamento perdido por causa do pecado. Este relacionamento não começará no céu e sim aqui na terra, no exato momento em que a alma receber a revelação do amor de Deus pelo Evangelho de Jesus Cristo. 

É espantoso que Cristo não diz que serão poucos e sim muitos que serão reprovados por Ele. Uma grande maioria está iludida e continuará iludida até a volta de Cristo.

Estes apresentam fundamentos e justificativas para serem salvos. Nisso que acreditam e confiaram por toda a vida. Para estes eles eram diferentes daqueles que estavam fora da igreja. Eles estão certos de que aquilo que fazem é razão suficiente e satisfatória para Cristo admiti-los na eternidade com Ele. Estão como que dizendo: “depois de tudo o que fizemos, como podes nos deixar de fora?”. “Por tudo o que fizemos deveríamos ser as primeiras pessoas a entrar no céu”

Mas Cristo apenas declara: Não vos conheço. Vocês me são estranhos.

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